"Mortal Kombat vs DC Universe" investe em dinamismo

do Finalboss

O crossover, que consiste numa reunião de personagens de universos diferentes numa mesma obra, não é exatamente uma novidade nos videogames. Em meados da década de 1990, a Capcom já havia feito isso com "X-Men vs Street Fighter", que, como o título diz, coloca os mutantes da Marvel e os lutadores do famoso game de luta na mesma arena.

Agora, "Mortal Kombat", que sempre foi um rival de "Street Fighter", faz a mesma coisa, mas chamando para a briga os super-heróis - e vilões - da editora concorrente da Marvel, a DC Comics. A estréia do sanguinário game de luta na atual geração de consoles, batizado de "Mortal Kombat vs DC Universe", traz várias surpresas, além do fato de colocar no mesmo ringue personagens icônicos de "Mortal Kombat" como Sub-Zero e Scorpion contra heróis como Super-Homem e Batman.

O enredo do jogo ainda vem sendo mantido em segredo, mas Ed Boon, um dos criadores originais da série, forneceu alguns pequenos detalhes, citando que um evento cataclísmico fez com que os universos de "Mortal Kombat" e da DC se fundissem - como na série de quadrinhos "Crise nas Infinitas Terras". Esse foi o pretexto criado pelos produtores para o modo história, no qual há duas perspectivas para os acontecimentos: uma sob a ótica dos "kombatentes mortais" e a outra na visão dos personagens dos quadrinhos.

Para não entrar em atrito com fãs de cada uma das obras, a fusão dos universos aconteceu através de um poder mágico. Assim, os lutadores de "Mortal Kombat", que, apesar de meros mortais, são capazes de usar poderes místicos, podendo lutar de igual para igual contra o Homem de Aço.

Na estréia para a atual geração de consoles, o sistema de luta foi revisto - isso foi uma promessa de Boon para essa nova fase de "Mortal Kombat". Os múltiplos estilos de luta de outrora, assim como as armas foram eliminadas e, em seu lugar, vieram novas funcionalidades de manter as lutas brutais. São eles o "Klose Kombat", o "Freefall Kombat" e a interação com o cenário.

O primeiro é um modo que será iniciado pelo jogador, no qual a câmera se aproxima dos lutadores e o mecanismo de luta é distinto. Quem ativa a modalidade passa a ser o agressor, podendo atingir o oponente no tronco com diversos tipos de golpes por um determinado período; ao oponente, resta tentar se defender das investidas.

O "Freefall Kombat" é outra mudança de rumo da série, atrelada à interação com o cenário. É uma seqüência iniciada pelo jogador que começa quando ele arremessa o inimigo para fora da arena. Em vez de apenas se observar o corpo que cai, o atacante persegue aquele que foi arremessando, e, em queda livre, pode golpear o adversário até que chegue ao chão.

Outra mudança radical é a redução drástica de sangue e a despedida dos fatalities como eram conhecidos até agora - ou seja, golpes brutais de desmembramento. Boon afirma que, "definitivamente", haverá golpes de finalização ao "estilo" dos fatalities, mas podem nem ter esse nome. As razões para isso é que a DC Comics não permitiria que o Super-Homem ou o Batman fosse despedaçado e, também, a produtora está mirando um público mais amplo.

O visual do game está mais detalhado e sombrio que nunca, graças ao talento da equipe de criação e a tecnologia "Unreal Engine 3", usada em games como "BioShock" e "Gears of War". O time da produtora Midway está se inspirado nos trabalhos de desenhistas como Alex Ross para modelar os heróis da DC Comics, diz Boon.

"Mortal Kombat vs DC Universe", destinado para Xbox 360 e PlayStation 3, está previsto para sair até o final do ano.

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